Depois de mais de 32 anos no mercado financeiro, compreendi que os melhores resultados nascem quando conseguimos unir talentos em torno de um propósito claro. A sustentabilidade de qualquer negócio — seja ele pequeno, médio ou gigante — depende, fundamentalmente, de gente. De gente certa, no lugar certo, fazendo o que sabe fazer de melhor, com alegria, senso de pertencimento e vontade de crescer junto. 6z1i28
Mas formar esse time não é simples. Exige do líder algo que vai além da técnica: exige humanidade. No início da minha trajetória, eu acreditava que bastava ser uma profissional competente. Estudei, me especializei, bati metas, cresci. Mas os verdadeiros desafios começaram quando percebi que liderar não era apenas conduzir processos — era cuidar de pessoas. E para cuidar de pessoas, primeiro, precisei aprender a cuidar de mim.
Foi aí que iniciou uma virada. Precisei olhar para minhas próprias vulnerabilidades, entender minhas limitações, ressignificar dores e, principalmente, aceitar que cada ser humano tem uma história, um tempo e uma maneira única de contribuir. O que move uma equipe não são apenas os objetivos traçados no planejamento estratégico, mas o quanto cada pessoa se sente vista, escutada e respeitada no dia a dia.
Com o tempo, entendi que liderar é criar espaços onde as pessoas possam ser quem são, com segurança para errar, aprender e evoluir. É influenciar sem impor, é inspirar pelo exemplo. Líderes que despertam o melhor de suas equipes têm coragem para delegar, sabedoria para escutar e consciência para reconhecer que o sucesso coletivo é sempre maior do que qualquer mérito individual.
Essa jornada me ensinou que a eficiência da gestão está diretamente ligada à capacidade de formar alianças baseadas em confiança. Quando o time sente que está junto de verdade, que existe um propósito comum e um ambiente seguro para crescer, os resultados acontecem como consequência natural.
Liderar, para mim, nunca mais foi sobre ter todas as respostas. Foi sobre fazer as perguntas certas, com empatia, respeito e presença. Foi sobre aprender todos os dias a me comunicar de forma mais clara e amorosa, acolher as diferenças e valorizar os talentos de cada um. Hoje, olho com gratidão para os times que aram por mim. Equipes que não apenas entregaram resultados — mas que cresceram comigo, e me ajudaram a crescer também.
Porque no fim das contas, liderança é isso: fazer das relações um canal de transformação mútua. E seguir construindo, juntos, um caminho onde todos possam florescer.
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